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Bento 16 e as caricaturas de Alá

O Papa B16, distraído com o breviário ou preocupado com o polimento dos sapatinhos vermelhos, só hoje se pronunciou sobre a polémica em torno das caricaturas de Maomé.

E que defendeu o velho censor? A liberdade de expressão? O direito dos não crentes à denúncia do que julgam uma fantochada? A liberdade religiosa?

«É necessário e urgente que as religiões e os seus símbolos sejam respeitados e que os crentes não sejam alvo de provocações que firam a sua iniciativa e os seus sentimentos religiosos» – disse B16 durante a audiência ao embaixador marroquino junto do Vaticano, Ali Achour.

Para o velho inquisidor, este é o código de conduta a que todos se devem submeter. Não há uma palavra de censura para quem lapida mulheres, degola infiéis, tortura reclusos, assassina apóstatas e faz do livro sagrado a fonte de direito que quer impor ao universo.

O silêncio, perante crimes cometidos em nome de Deus, é a cumplicidade de quem gostaria de iguais condições para atear fogueiras, queimar livros e cometer desmandos.

Perfil de Autor

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- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa

- Sócio fundador da Associação República e laicidade;

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- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»

- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:

- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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