Presidenciais e Religião
A Visão colocou a seguinte pergunta aos 6 candidatos presidenciais: «Professa algum credo religioso? Se sim, qual?». As respostas foram:
Cavaco Silva – Não respondeu às perguntas da Visão
Mário Soares – Sou agnóstico, como se sabe. Mas também é do conhecimento público que tenho participado activamente no diálogo entre religiões.
Manuel Alegre – Sou agnóstico.
Jerónimo de Sousa – Já professei, agora não.
Francisco Louçã – Não.
Garcia Pererira – Não, mas respeito profundamente quem o tenha, qualquer que ele seja.
Notas:
a) Como é óbvio, o sentido de voto não deve ser condicionado pela religião (ou posição religiosa) do candidato. Importa saber se o candidato presidencial defende a separação entre a Igreja e o estado, qual a posição face à lei da liberdade religiosa, as suas opiniões a propósito do episódio dos crucifixos, etc.
b) De salientar a maturidade, a este respeito, do eleitorado português (antes existisse a mesma maturidade em relação a outras questões…) – apesar dos ateus e agnósticos serem uma pequena minoria, 5 dos 6 candidatos não temem tornar pública a sua «falta de fé» (coisa que certamente alguns candidatos fariam se o eleitorado
religioso fosse penalizar severamente esse posicionamento).
Sobre este assunto, ver o infeliz exemplo dos EUA onde um Presidente é praticamente forçado a usar abundantemente expressões religiosas nos seus discursos.