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Guerra contra o Natal

Tudo começou com um inocente postal de boas festas enviado pela Casa Branca que continha um salmo bíblico, apesar de não fazer qualquer referência ao Natal. Tal não caiu bem nos grupos de apoiantes religiosos (ou grupos religiosos de apoiantes), que resolveram denunciar este «sectarismo louco».

Para estes simpáticos senhores, todos os municípios e lojas que chamem «pinheiros» às árvores de Natal, usam a imagem do Pai Natal em vez da de Jesus Cristo ou recorrem à expressão «boas festas» em vez de «feliz Natal» devem ser denunciados e boicotados. Isto porquê? Porque é tudo uma grande conspiração anticristã não liderada apenas por judeus, ela tem também «aspectos puramente políticos» com a esquerda a «procurar vingar a derrota nas presidenciais de 2004». A teoria é do apresentador da FoxNews John Gibbons.

Esta polémica está relacionada com a «reindeer rule», decisão do Supremo Tribunal de Justiça em que se afirma que as representações da natividade em locais públicos devem ser contrabalançadas com símbolos seculares, como o Pai Natal ou as renas, por forma a assegurar a laicidade do Estado.

Entretanto, mais de 1500 advogados ofereceram-se para processar os municípios que retirem os presépios das representações natalícias dos espectáculos de Natal e 8000 escolas públicas estão preparadas para denunciarem as respectivas direcções se forem retirados os cânticos de Natal das festas de fim de ano.

Para além desta guerra, os cristão americanos têm andado a ocupar o seu tempo a decidirem o que as lojas devem ou não vender, nomeadamente o DVD de «Jerry Springer: The Opera». A retirada do dito DVD de algumas lojas motivou um movimento de união bloguístico contrário que quer ver a ópera de volta nas prateleiras.

E é assim que as glórias do mundo se passam nos Estados Unidos da América.

Para mais informações:
What War On Christmas?;
Happy holidays? Not if the Christian right has its way;
A Very Wary Christmas;
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