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Leitura recomendada

Está disponível em português na Crítica, Revista de Filosofia e Ensino, a primeira parte de um artigo simplesmente a não perder que põe a descoberto a verdadeira agenda dos neo-criacionistas disfarçados de IDiotas. Escrito por um dos mais prestigiados evolucionistas da actualidade, o cientista da Universidade de Chicago, Jerry Coyne, «A fé que não tem coragem de se mostrar», é a primeira parte de um artigo que recomendo vivamente aos nossos leitores! Artigo que se inicia explicando a fundamentação religiosa da guerra da evolução em foco nos Estados Unidos:

«Exactamente oitenta anos após o processo de Dayton, Tennessee, que ficou conhecido como o John Scopes ‘monkey trial’, a história está prestes a repetir-se. Numa sala de audiências em Harrisburg, Pennsylvania, desde fins de Setembro cientistas e criacionistas travam uma luta para saber se e como os estudantes do liceu, em Dover, irão aprender a respeito da evolução biológica. Poder-se-ia presumir que estas batalhas tinham acabado mas isso seria subestimar o furor (e a ingenuidade) dos criacionistas escarnecidos.

O julgamento Scopes dos dias de hoje – Kitzmiller e outros contra Distrito Escolar da Zona de Dover e outros – começou de forma inócua. Na primavera de 2004, a comissão de revisão do manual escolar do distrito recomendou que um novo manual escolar comercial substituísse o obsoleto manual de biologia.

Na reunião do conselho de instrução, em Junho, o presidente da comissão curricular, William Buckingham, queixou-se de que o livro proposto para revisão estava ‘estreitamente ligado ao Darwinismo’. Depois de desafiar a audiência para que recuasse nas suas origens até ao macaco sugeriu que um manual mais apropriado deveria incluir a teoria bíblica da criação. Quando foi questionado sobre se isso poderia ofender aqueles que professassem outras crenças, Buckingham retorquiu: ‘Este país não foi fundado sobre as crenças muçulmanas ou sobre a evolução. Este país foi fundado a partir da Cristandade e os nossos estudantes devem ser ensinados como tal’. Uma semana mais tarde, defendendo o seu ponto de vista, Buckingham alegadamente argumentou: ‘Há dois mil anos alguém morreu numa cruz. Será que ninguém pode defendê-lo?’. E acrescentou: ‘Em lado algum a Constituição exige a separação entre a igreja e o estado’»

Agradeço efusivamente ao Renas e Veados a indicação deste artigo fabuloso!

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