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Momento Zen de segunda

A opinação de segunda do nosso fazedor de opinião favorito, J.C. das Neves, teve honras de editorial no local onde debita semanalmente a sua verborreia moralista, o Diário de Notícias. J.C. das Neves esmerou-se na escolha do título para a sua prosa semanal «Armadilha do moralismo antimoralista» para nos advertir do perigo dos tempos modernos: o contradictio in terminus que dá o tema à prosa mais hilariante com que o douto moralista alguma vez nos mimoseou.

Hilariante porque o moralista mor cá do burgo afirma que «O moralismo é um vício terrível, que perverte a verdadeira moral e deve ser sempre condenado». Mas, claro, para o J.C. das Neves, paladino intransigente da «verdadeira moral», moralistas são os que não aceitam as suas alarvidades verdades absolutas! E, sobretudo, moralistas são os ateus (será que já considerou estar em oposição ao seu adorado Papa, que diz ser o relativismo ateu o maior mal moderno?) afirmando mesmo que «hoje o maior moralismo sente-se sobretudo nos que se opõem às religiões». Depois do artigo de puro nonsense debitado hoje pelo ilustre opinador católico fico na dúvida sobre onde foi ele ler a definição de moralismo!

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