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Impostos para todos

A senadora democrata Marion Walsh, do Massachusetts, nos Estados Unidos, conseguiu o apoio de trinta e dois outros legisladores a uma lei que obriga que todas as organizações religiosas revelem totalmente as suas finanças e todos os seus imóveis ao gabinete do Procurador Geral, tal como as organizações de caridade seculares.

A senadora admite que foi motivada por histórias de disfunção dentro da Igreja Católica: encerramentos de paróquias e de escolas, dinheiros desaparecidos e falta de contabilidade.

«Acreditamos que as pessoas, no Massachusetts, têm o direito de saber para onde vai o dinheiro que doam à sua igreja. Acreditamos que as pessoas devem saber onde estão os imóveis», disse Walsh.

O secretário de Estado, William Galvin, afirmou que esta medida é apropriada especialmente porque há muitas transacções de imóveis pendentes resultantes do encerramento de dependências da ICAR. «Parece-me que esta é a altura apropriada, com milhões de dólares em propriedades prestes a serem vendidas, para a informação ser apresentada como é no caso de qualquer outra caridade», disse Galvin.

Por seu turno, as confissões religiosas estão contra esta lei e alegam que ela ameaça a separação entre Igreja e Estado. «Acreditamos que irá atenuar a divisão entre Igreja e Estado porque, ao remover a excepção religiosa, todas as religiões serão objecto de fiscalização pelo Estado nas suas operações diárias», disse o porta-voz da Conferência Católica do Massachusetts.

Afinal, nem tudo é mau em terras do Tio Sam. Se esta lei for aplicada, está dado um passo em direcção de uma verdadeira igualdade fiscal entre Igrejas e outras organizações não afectas a qualquer religião.

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