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100 anos de Jean Paul Sartre

«O existencialismo não é senão um esforço para tirar todas as consequências duma posição ateísta coerente» Jean Paul Sartre

Completa-se hoje o centenário do nascimento de um dos pensadores mais polémicos do século XX, pelas reflexões antagónicas que ainda hoje provoca, Jean-Paul Sartre. O intelectual que melhor encarnou a figura do intelectual, o único laureado que até hoje recusou um Prémio Nobel, o da Literatura, o ateu convicto e coerente!

A «reabilitação» recente de Sartre por um dos seus maiores críticos, Bernard Henry-Lévy, no livro «Le Siécle de Sartre», reflecte a conjuntura actual em que problemas como a exclusão social, o advento de fundamentalismos sortidos, incluindo movimentos nacionalistas ou identitários, de certa forma derrubaram os paradigmas pós-existencialistas. Depois da crítica violenta à filosofia sartreana por Henry-Lévy e André Gluksmann na década de 80, assistimos agora ao regresso à ribalta da reflexão filosófica, política e ética do sujeito de Sartre: um produto do livre arbítrio e como tal destinado a ser livre e a lutar pela sua liberdade.

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