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Agnes de Deus

Morreu Anne Bancroft, a intratável Madre superiora no filme «Agnes de Deus», uma alegoria da disputa pela verdade entre a Ciência e a Fé, apresentada sob a forma de uma história de suspense, assassinato e paixão passada num convento isolado. Esta fabulosa adaptação do sucesso da Broadway por Norman Jewison conta ainda com as magistrais interpretações de Jane Fonda, no papel de uma psiquiatra e de Meg Tilly, uma simples (no sentido «Ratzingiano» do termo) freira. Jane Fonda, a Ciência, investiga se Meg Tilly tem condições psicológicas para ser submetida a julgamento pelo assassínio do seu filho recém-nascido. Filho que Anne Bancroft, a Fé, afirma concebido sem pecado.

Não é de estranhar que Agnes de Deus não figure na lista dos cinquenta melhores filmes católicos de sempre, eleitos pelo site norte-americano Cultura Católica. O que é francamente estranho é a presença de um filme do ateísta e homossexual assumido Pier Paolo Pasolini na lista, que dirigiu, entre outros filmes polémicos, «Saló ou Os 120 Dias de Sodoma». Ou um filme, «As vinhas da ira», que é adaptação de um livro de outro ateísta assumido, John Steinbeck. Esta escolha é especialmente estranha já que este e outros livros de Steinbeck, considerados blasfemos, foram censurados e banidos de vários liceus nos Estados Unidos.

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