A Caridade Islâmica mete água
A grande tragédia do maremoto do Índico a todos nós tocou. Ainda não tinham acabado aquele período do ano em que a pressão da religião aumenta, quando chegaram as primeiras notícias e imagens da catástrofe. Ninguém no mundo ocidental ficou indiferente.
À distância, todos sofremos por sermos meros espectadores e quando nos pediram para ajudarmos, fizemos o gesto possível: demos do nosso dinheiro para que as ONG’s pudessem actuar no terreno.
Quando governos como o dos EUA fizeram as habituais mínimas ofertas sacrificiais em ajuda humanitária (sempre com as condições e manipulações habituais) a opinião pública forçou esses mesmos governos a abrir os cordões à bolsa, principalmente, quando ao mesmo tempo pediam orçamentos inflacionados para alimentarem a guerra.
Foi emocionado que vi o presidente da AMI agradecer, tocado no seu coração, pela generosidade que os portugueses demonstraram e que lhes permitirão montar um hospital e formar futuros técnicos de saúde no local. Não será a prosélita caridade catolicazinha que ONG’s como a AMI realizarão. Nada será como dantes nas costas do Índico.
Em Aceh, ilha indonésia com uma significativa população católica, as mesquitas prestam apoio selectivamente e os grupos paramilitares fundamentalistas islâmicos atacam e vigiam os estrangeiros, com o medo da contaminação mental dos autóctones.
Os estrangeiros, já não são só padres católicos, actuando sob um acordo tácito de influências que contactam com a população… O Islão fundamentalista e nacionalista das ilhas indonésias receia um novo Timor Leste em Aceh.
No meio destas notícias, chega-nos a constatação de que os países do golfo pérsico, pouco contribuiram para o esforço humanitário. Aliás…
A única ajuda que enviam é para muçulmanos.
Claro que os locais não olham a quem dá a ajuda…
Excepto se a ajuda vier de Israel.
Não tenhamos rodeios. O Islão dentro de si, ordena a caridade. Aliás é um dos claros pilares da fé, dar uma percentagem dos rendimentos pessoais todos os anos para a caridade. No Corão encontramos referências explícitas de que toda a ajuda que venhamos a dar a um irmão muçulmano será considerada por Allah no dia do Julgamento. Mas também é explícito que não se deve fazer caridade com os infiéis… Nem com os outros crentes do livro. No máximo dos máximos, um muçulmano poderá ajudar um infiel que considere estar prestes a converter-se…
É compreensível assim o comportamento dos países do golfo Pérsico. Só seguem as ordens de Allah.
O Islão revela a sua verdadeira dimensão: uma religião tribal, que nega os instintos humanos mais benevolentes, que todos herdamos na nossa herança genética comum. Tudo em prol da estratégia e visão do mundo do seu fundador Maomé.
A laicidade é antes de mais a constatação do perigo que são os grupos com mundivivências fechadas e totalitárias. É ela a garantia, na sociedade, da liberdade de pensamento do indivíduo.
Não é como podemos ler nalgumas fatwas, um mecanismo para impedir a contaminação ideológica das religiões e um impedimento à destruição das barreiras que nos impedem de reconhecermo-nos uns aos outros como seres humanos. O Islão no ocidente revê-se no multiculturalismo e conta com ele quando é minoria.
As religiões religam os crentes aos grupos, no que eles têm de pior.
Deus é só uma desculpa.
Post Scriptum Agradeço ao Professor Moisés Espírito Santo por ter exposto este pormenor teológico do Islão, durante uma conferência sua na Figueira da Foz.