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Mês: Dezembro 2004

23 de Dezembro, 2004 Carlos Esperança

Há 50 anos – o primeiro transplante

Faz hoje 50 anos que o cirurgião americano Joseph Murrey realizou o primeiro transplante humano – um rim doado por um irmão gémeo a outro que estava a morrer de doença renal. A generosidade fraternal foi compensada com mais de 8 anos de vida do irmão transplantado que constituiu família e havia de gerar duas filhas.

Os crentes mais devotos de então consideraram que se tratou de uma profanação do corpo e que os médicos interferiram numa prerrogativa de Deus. Nesse dia os homens deram mais um pequeno passo para a sua emancipação e Deus um enorme trambolhão para o seu descrédito.

O êxito da operação foi também uma vitória sobre a omnipotência e a omnisciência divina cuja credibilidade sofreu um rude golpe. E, a partir daí, milhares e milhares de vidas puderam ser prolongadas graças à ciência.

Para os que acreditam na vida eterna e na ressurreição da carne, deve dar-lhes volta à cabeça, no caso de a terem, o que acontecerá no vale de Josafat (entre Jerusalém e o monte das Oliveiras), no dia do Juízo Final. O Deus deles, cruel e medonho, lá estará a julgar os vivos e os mortos, perante uma enorme confusão em que à gravidade dos problemas logísticos se junta a berraria de quem pede a devolução do fígado, dos milhares que reclamam os rins próprios, daqueles que exigem de volta o coração ou procuram o esqueleto dividido por centenas de próteses após o acidente rodoviário.

Deus começa a ter problemas complicados. O melhor é desistir dessa ideia maluca da ressurreição e manter-se na clandestinidade a que se remeteu após o género humano ter decidido pensar.

23 de Dezembro, 2004 Palmira Silva

Terror nas escolas tailandesas

Milhares de professores estão em greve no sul da Tailândia, reinvidicando das autoridades mais protecção contra ataques de militantes muçulmanos. Na realidade, desde o ressurgimento do conflito entre budistas e muçulmanos nesta zona da Tailândia as escolas têm sido um alvo privilegiado, tendo sido queimadas centenas de escolas e assassinados muitos professores. Esta greve nas províncias de Pattani, Narathiwat e Yala foi decretada depois de dois professores terem sido assassinados no mesmo dia.

Os lideres das comunidades muçulmanas tentam justificar os ataques a escolas queixando-se que os curricula escolares forçam as suas crianças a seguir os princípios budistas.

À Associated Press um responsável escolar Pattani afirmou que «Professores e estudantes estão demasiado assustados para ir à escola».

23 de Dezembro, 2004 jvasco

ENA3 – como decorreu

Devo ser franco: não começou bem. Eu e alguns amigos meus chegámos com mais de uma hora de atraso, o que atrasou o almoço de toda a gente.

Mas o agradável ambiente (e comida), cedo fez esquecer essa questão (espero…).

Seguiu-se o debate, o qual começou com o anúncio, por parte de um dos incritos que era meu amigo, de que ele era católico. Perguntou se a sua presença incomodava algum dos presentes, os quais apenas manifestaram preocupação que o evento incomodasse a sua pessoa.

Resolvida esta questão, falou-se muito sobre a futura Associação Ateísta Portuguesa (AAP), sobre como já estão resolvidas algumas questões logísticas que nos impediam de avançar (morada para a sede, etc…); sobre qual o valor da quota mínima a ser cobrada; sobre as actividades a ser desenvolvidas pela associação; sobre os estatutos, os objectivos, a inclusão de agnósticos que queiram pertencer; o símbolo; a existência de cartão; algumas pessoas a contactar; a criação de uma rede de informação e denúncia; e muitas outras questões.

No fim, com um sentimento de que a AAP será imparável, tirámos todos uma foto de grupo. Cá está ela:

23 de Dezembro, 2004 Mariana de Oliveira

Arte debaixo de fogo

Depois de o presépio do Museu de Cera de Madame Tussaud, em Londres, onde o casal Beckham representava S. José e a Virgem Maria, ter sido destruído, a galeria de arte Elsi del Río, em Palermo, foi atacada uma semana depois do seu director, Fernando Entín, ter recebido ameaças de adolescentes furiosos. De acordo com Entín, as montras foram despedaçadas em represália pela exposição das obras de María Belén Lagar, uma artista de vinte e dois anos, que apresentou uma combinação de imagens de virgens com bonecos intituladas «Proyecto Uquilín».

Em Córdova, a abertura de uma mostra sobre o Natal foi suspensa pelo município depois de um grupo de católicos, liderados pelo padre Julián Espina, que se apresentou como membro da Igreja tradicionalista, ter impedido a inauguração por a considerarem blasfema. O quadro que mais feriu as susceptibilidades destes crentes é da autoria de Roque Fraticelli e mostra uma mulher, que seria a suposta virgem Maria, a fazer amor com um homem com cabeça de pássaro que representaria o espírito santo.

Estas manifestações de intolerância – a que se juntam a queixa apresentada contra uma cadeia de transmissão dinamarquesa pela transmissão do filme «Submissão», de Theo van Gogh, o projecto de lei do governo britânico que pretende punir a blasfémia – são sintomáticas de que algo está mal no mundo religioso. As religiões, quando têm uma posição de supremacia e a vêem ameaçada quer pela laicidade quer pela concorrência de outras crenças, tendem a embarcar em actividades censórias e violentas. É por isso que devemos pugnar pela tolerância e pelo diálogo.

22 de Dezembro, 2004 Carlos Esperança

O bispo e a co-incineração

D. Albino Cleto, bispo de Coimbra, sucessor do casto e piedoso bispo resignatário D. João Alves, lamentou ontem que surgisse «de novo a co-incineração» para eliminar os lixos e resíduos tóxicos. Acrescentou ainda que «a solução não pode ser política, tem que ser científica e com respeito pelas populações».

Que eu saiba a co-incineração era a solução mais correcta em termos ambientais e a mais económica quando, por motivos políticos, foi recusada por todas as bancadas da oposição, incluindo os deputados do PS por Coimbra. Três anos depois nada se fez para resolver um gravíssimo problema de saúde pública – a eliminação dos lixos e resíduos tóxicos.

Durante este tempo não vi Sua Excelência Reverendíssima preocupado com os lixos, talvez ocupado com o destino das almas. Fico sem saber se a posição do bispo se deve a uma forte convicção com apoio científico ou se a co-incineração lhe desagrada pelo facto de a ICAR ter maiores tradições na incineração dedicada…ao castigo de relapsos, blasfemos, judeus, bruxas e outros.

22 de Dezembro, 2004 Ricardo Alves

Laicidade (colectânea de citações)

«A República não reconhece, não sustenta, nem subsidia culto algum (…)»

(Lei de Separação da Igreja do Estado, 20/4/1911)

«O Estado também não pode ser ateu, deísta, livre-pensador; e não o pode ser pelo mesmo motivo porque não tem o direito de ser católico, protestante, budista. O Estado tem de ser céptico, ou melhor dizendo indiferentista.»

(Sampaio Bruno, 1907)

«O Estado nada tem com o que cada um pensa acerca da religião. O Estado não pode ofender a liberdade de cada qual, violentando-o a pensar desta ou daquela maneira em matéria religiosa.»

(Afonso Costa, 1895)

«A religião é um assunto entre cada homem e a divindade.»

(Pierre Bayle, 1647-1706)

«A laicidade não nos foi dada como uma revelação. Não saiu da cabeça de nenhum profeta; não se exprime em catecismo algum. Nenhum texto sagrado contém os seus segredos, ela não os tem. A laicidade procura-se, exprime-se, discute-se, exerce-se e, se necessário, corrige-se e difunde-se.»

(Claude Nicolet)

«É altura de dizer que a laicidade não pode ser limitada a um modo de organização social. Ela contém em si um ideal, o do indivíduo-cidadão que sabe que não há saber-viver colectivo sem o confronto livremente debatido das convicções individuais.»

(Jean-Michel Ducomte, La Laïcité)

«A laicidade é um valor essencial, com o desejo de liberdade de consciência e de igualdade de todos os homens, quer sejam crentes, ateus ou agnósticos. O ideal laico não é um ideal negativo de ressentimento contra a religião. É o maior contra-senso ver-se na laicidade uma hostilidade de princípio à religião. Outrossim, é um ideal positivo de afirmação da liberdade de consciência, de igualdade dos crentes e dos ateus e da ideia de que a lei republicana deve visar o bem comum e não o interesse particular. É o que se chama o princípio de neutralidade da esfera pública.»

(Henri Peña-Ruiz, Setembro de 2003)

«Demasiado frequentemente os homens têm tendência a privilegiar o que os divide. Com a laicidade, é necessário aprender a viver com as suas diferenças no horizonte do universal, sem esquecer que temos interesses comuns enquanto homens.»

(Henri Peña-Ruiz, Setembro de 2003)

«A laicidade não confunde o ideal de uma discussão livre com a generalização do relativismo: a distinção entre crença e conhecimento deve ser bem marcada, sob risco de se inaugurar um novo tipo de obscurantismo, ou de fazer a cama a novas tiranias.»

(Henri Peña-Ruiz, Abril de 2004)

22 de Dezembro, 2004 Palmira Silva

Imaculada contracepção

A publicidade a uma pílula do dia seguinte foi retirada depois de a autoridade que regula a publicidade em Inglaterra, The Advertising Standards Authority, ter recebido 179 queixas, na sua maioria de entidades religiosas, o recorde absoluto de objecções para publicidade fora da televisão.

A frase «Imaculada Contracepção? Se apenas» foi a causa apontada para a retirada da dita publicidade, depois de a Associação Nacional de Famílias Católicas e da Sociedade da Verdade Católica, terem afirmado que esta frase, que consideram um trocadilho blasfemo à imaculada concepção, «provavelmente causará ofensa séria e generalizada».

As queixas de que a publicidade «encoraja sexo casual e trivializa a gravidez indesejada» não foram consideradas na decisão.

21 de Dezembro, 2004 Mariana de Oliveira

Liberdade de olhos em bico

O governo chinês redigiu a primeira lei da liberdade religiosa.

A nova regulamentação tem como objectivo, de acordo com o seu prólogo, «proteger a liberdade de crença religiosa, manter a harmonia entre as religiões e a sociedade e regular os assuntos religiosos no país».

No entanto, apesar de garantir uma maior liberdade de culto, esta lei não abrangerá os grupos religiosos considerados ilegais como o Falum Gong e a Igreja Católica.

É de louvar esta iniciativa do governo chinês. É o primeiro passo para que, o mais brevemente possível, nenhum grupo religioso seja proíbido. Ninguém deve ser perseguido ou censurado por seguir determinada religião. Como ateus que somos devemos sempre pugnar pela liberdade religiosa e lutar pela liberdade lado a lado com os crentes quando estes sejam perseguidos. Porque a tolerância é o primeiro passo para o entendimento e para uma convivência pacífica e sem abusos entre todos.

20 de Dezembro, 2004 jvasco

Porque é que Deus criou Satanás?

De acordo com a mitologia judaico-cristã, Deus criou o homem «à sua imagem e semelhança». Eu sempre considerei esta afirmação deliciosa: o que é que nós, meros mortais, temos de semelhante com um ser etéreo, eterno, omnisciente, omnipresente, omnipotente e perfeito?

Em particular, achava curiosa essa afirmação, visto que os anjos haviam sido criados antes dos homens. Em que é que os homens seriam mais parecidos com Deus do que os anjos? Os anjos são etéreos, assexuados, e podem aceder ao mundo espiritual, tendo uma série de poderes negados aos humanos. Que caracterítica faria dos homens seres mais parecidos com Deus do que os anjos?

A única resposta que até agora um crente me deu foi a seguinte: o livre arbítrio.

Há, no entanto, um pequeno problema com essa resposta: o Diabo. Consta da mesma mitologia que o Diabo era na verdade o anjo mais fantástico, o qual, no seu orgulho, decidiu revoltar-se. A legião de anjos que decidiram segui-lo tornou-se uma legião de demónios, e o Diabo passou a reinar no Inferno.

Enfim… parece claro que a falta de livre-arbítrio dos anjos é totalmente incoerente com esta história.



Mas esta personagem – Satanás – levanta outras questões teológicas. Para mim, a mais significativa é esta: sabendo Deus (omnisciente) que ao criar aquele anjo, ele causaria mal, dor e sofrimento aos homens, porque o criou? Não poderia o homem ter livre arbítrio longe das tentações alegadamente enviesadas de Satã?

As respostas que podem ser dadas a esta questão serão as habituais: abordam a nossa incapacidade de entender certas questões que desafiam a nossa «lógica limitada» (o que reforça a ideia de que temos pouco em comum com o ser que nos criou «à sua imagem e semelhança»), abordam este ou aquele paradoxo teológico, mostram que o edifício da Fé não é abalado por estas questões menores.

A mitologia judaico-cristã e a lógica nunca se deram bem. Não é por acaso que toda essa mitologia encara como fonte de todo o mal que se sucedeu à humanidade o «fruto do conhecimento».

19 de Dezembro, 2004 lkrippahl

Ciência ou Religião?

Têm sido muitos os conflitos entre ciência e religião. Giordano Bruno foi queimado vivo por ter especulado a existência de outros planetas habitados. Galileu teve mais sorte; escapou à sentença ao declarar publicamente que afinal não havia luas a orbitar Júpiter, e pouco mais de trezentos anos depois da sua morte até foi perdoado pela Igreja Católica.

Hoje em dia as coisas estão mais calmas, pelo menos em países como o nosso. Os astrónomos já descobriram centenas de planetas fora do nosso sistema solar, e não têm medo da fogueira por especular. Finalmente percebemos que a Natureza não dá muita importância às nossas convicções pessoais, e que, por isso, ter fé não adianta muito se queremos saber como as coisas são na realidade. A nossa sociedade reconhece que em matéria de facto a ciência é bastante mais fiável e merece autoridade sobre a religião.

Mas há ainda a noção que a religião é a maior autoridade em questões éticas e matérias de valor. Infelizmente, a nossa sociedade dá se mais peso à opinião dos padres que dos cientistas quando questiona o que é ético fazer numa área em que um cientista sabe muito mais que um padre. Não sei porquê. Não vejo porque uma demonstrada capacidade de acreditar no falso confere ao padre maior autoridade na determinação do que é ou não de valor, ou porque uma demonstrada capacidade em determinar o que é verdadeiro tira ao cientista capacidade de decidir o valor das coisas.

E penso que esta abordagem nos traz problemas concretos, como a investigação em células estaminais embrionárias.

A preparação duma linha de células estaminais embrionárias implica a criação dum zigoto, o seu desenvolvimento até a fase de blastocisto, e a destruição do blastocisto pela remoção da massa celular interna. Traduzindo: cria-se um ser humano, que em seguido é morto. Podemos tentar dar a volta ao problema arranjando definições mais ou menos restritas do que é um ser humano, mas eu penso que não é a definir palavras que resolvemos isto. E quero deixar bem claro que eu dou imenso valor a uma vida humana. Se estivéssemos a falar dum embrião saudável firmemente implantado no útero da mãe, eu concordaria que era um problema ético sério matá-lo, pois seria a diferença entre sete ou oito décadas de vida humana par esse ser, ou nada. Oitenta anos de vida é algo muito valioso para se deitar fora sem problemas.

Por isso, eu concordo com a posição da Igreja Católica quando diz, na encíclica _Evangelium_vitae_:

“O ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção”

Mas um zigoto na lâmina dum microscópio não está na mesma situação que um embrião implantado no útero. Não tem condições para se desenvolver, e está condenado ou a morrer ou a ser congelado. Nunca se desenvolverá o suficiente para dar valor à vida que tem. Retirar a massa celular interna a um zigoto sem condições para se desenvolver para ajudar outra pessoa com uma doença grave é como retirar um rim a um paciente em coma irreversível para salvar a vida a outra pessoa.

Parece que o problema da Igreja Católica é que o zigoto tem alma, e por isso a sua vida é “sagrada”, e não pode ser sacrificada para salvar outros mesmo que não tenha qualquer hipótese de se desenvolver, de ganhar consciência, e de dar valor à sua existência.

Isto de um deus colocar almas em todos os zigotos humanos parece-me problemático. Vejamos o caso dos gémeos verdadeiros, em que o blastocisto se divide acidentalmente e as duas partes se desenvolvem como seres humanos independentes. Será que este deus cria uma alma extra na altura da divisão, dá ao zigoto duas almas de início já a contar com o problema, ou será que um gémeo de cada par é um desalmado?

Sabemos também que cerca de um terço, ou talvez mesmo metade, das concepções não chegam a vingar, ou porque o blastocisto não se consegue implantar ou porque o embrião é abortado espontaneamente. Será que um deus infinitamente sábio e misericordioso coloca almas nestes seres sabendo que não viverão mais que umas semanas e nunca terão hipótese de se desenvolver?

Mais intrigante ainda é a ideia que este deus coloca uma alma num zigoto criado num laboratório para gerar uma linha de células estaminais. Porque faria tal coisa? E como podem os senhores padres saber que o seu deus foi de tal maneira insensato?

Tenho muito respeito pelas pessoas, acreditem no que acreditarem, mas, perdoam a honestidade, acho isto um disparate.

Mas vamos admitir que o zigoto ou blastocisto criado no laboratório e agora congelado a -70ºC tem uma alma. Mesmo assim, não se justifica manter essa alma aprisionada num punhado de células por período indeterminado. Se fosse eu, preferia que acabassem logo com aquilo e dessem algum uso àquelas células do que me deixarem preso num corpo microscópico dentro dum congelador. Ao menos a minha morte servia para ajudar outros, e tinha o céu garantido (podiam baptizar-me primeiro, se achassem necessário).

Em suma, esta abordagem feita de absolutos, da vida ser sagrada, da alma e tais coisas, está a causar um problema ético muito maior do que o que pretende resolver. Juntar um espermatozóide a um óvulo para fazer células capazes de curar leucemia ou regenerar órgãos não é um mal; é um bem. Separados, a vida desse espermatozóide e desse óvulo não era melhor, e tãopouco beneficiaria o zigoto de ser congelado para o resto da sua vazia existência. E é imenso o que se pode ganhar de tão modesto sacrifício.

Mas é uma questão de tempo. Galileu foi perdoado. Giordano Bruno ainda não, mas pelo menos a Igreja Católica já não queima ninguém por estas coisas. E eventualmente irá aceitar também a utilização de células estaminais embrionárias.

Digo isto porque ninguém proíbe a investigação destas técnicas em animais. Não têm alma, por isso não há problema. E quando tivermos curas simples e eficazes para a leucemia, para doenças degenerativas dos órgãos, entre outras, mas as pessoas só as poderem usar nos seus animais de estimação e não para salvar os seus filhos, ninguém vai dar ouvidos aos padres.