Notícias de África
Bébés concebidos por milagre
O evangélico Gilbert Deya, que dirije uma igreja londrina com ramificações em África, especializada em concepções miraculosas, foi acusado de tráfico de crianças quenianas. Quando da prisão as autoridades recuperaram 21 crianças, algumas com apenas algumas semanas. Os bébés produzidos através do milagre da oração vão agora ser sujeitos a testes de ADN.
Genocídio no Ruanda
Começa finalmente em Setembro o julgamento do padre católico Athanase Seromba no International Criminal Tribunal for Rwanda (ICTR) em Arusha, Tanzânia. O padre Seromba é um dos membros da ICAR envolvidos no genocídio que ocorreu há 10 anos no Ruanda. Genocídio de quasi um milhão de Tutsis e hutus moderados conduzido sob o olhar indiferente e muitas vezes colaborante da ICAR. O padre é acusado de ter promovido o assassínio de milhares de Tutsis que se tinham refugiado na sua igreja de Nyange, onde os trancou. A igreja foi depois arrasada por bulldozers com os refugiados lá dentro.
Duas freiras foram condenadas em 2001, por um tribunal belga, a 15 e 12 anos de prisão, Gertrude Mukangango e Maria Kisito, pelo seu envolvimento no massacre de 7000 Tutsis que se tinham refugiado no convento Sovu em Butare, no sul da Ruanda. Não obstante os protestos do Vaticano. O Papa João Paulo II, como precaução, escreveu uma carta em 1996 em que afirma que a Igreja não pode ser responsável pelo comportamento de alguns dos seus membros.
Membros como os padres Hormisdas Nsengimana, reitor do colégio Christ-Roi em Butare, e Emmanuel Rukundo, capelão do exército ruandês, ambos à espera de julgamento por crimes de genocídio.
Carta da African Rights ao Papa João Paulo II em relação ao envolvimento de eclesiásticos da ICAR no genocídio de 1994.