Um tipo de Agnosticismo (e outras considerações…)
Tenho sobre a posição agnóstica (por si) um elevado respeito e consideração.
No entanto, sei que existem vários tipos de agnósticos, com diferentes motivações e razões.
Há quem veja na questão religiosa algo de “artificial” e pouco importante, que só serve para dividir as pessoas, fazendo-as discordar. Com horror à discórdia, à discussão e ao debate, essas pessoas preferem assumir a posição que consideram menos conflituosa. Não são “ateus”, para não ofender os crentes, dizendo que não acreditam, mas não são “crentes” porque simplesmente não acreditam.
Considero saudável que numa sociedade e cultura seja normal a discussão de ideias, o desacordo, a argumentação. A ideia de que discutir a actualidade política, a religião ou outros temas do género num jantar de amigos é desagradável, é uma ideia que acho nefasta: as pessoas tendem a manter as suas ideias, sem as “arejar” pelo seu confronto, tendem a desinteressar-se dos assuntos citados, tendem a desinteressar-se mesmo de qualquer assunto “sério”.
O facto de algumas pessoas que se dizem agnósticas serem na verdade ateus, com o temor do confronto que referi, é um sintoma deste problema.
Que se discutam temas sérios! Que se dêem bons argumentos! Que se oiçam e respeitem as diferentes opiniões e perspectivas! Que se confrontem ideias diferentes!
As ideias de todos tendem a subir de nível quando a discussão acontece.