Capelanias hospitalares
A existência de capelanias hospitalares, é uma iniquidade (o mesmo vale para as capelanias militares). Trata-se de assistência religiosa católica, comparticipada pelo Estado a 100%, enquanto às outras religiões se lhes reserva o simples consentimento de entrada no mercado da fé, sem garantia de quaisquer honorários nem a mais leve possibilidade de competição em regime de igualdade.
Mas, contrariamente aos medicamentos em que o mesmo princípio activo goza de igualdade de tratamento legal na comparticipação, no que diz respeito às religiões tal não é possível. O Estado emprega nos hospitais um capelão, mantido pelo orçamento em regime de dedicação exclusiva, garantindo assim aos enfermos a confissão, a missa e a unção, deixando-lhes apenas a penitência sem comparticipação. Quanto às outras religiões reserva-lhes uma mera autorização de acesso aos hospitais, e aos seus ministros o simples regime de chamada, o que está certo.
O argumento é a tradição, argumento desajustado à defesa do sinapismo, da prática da sangria ou da aplicação de sanguessugas, mas que resulta na defesa do monopólio religioso.
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
- Ponte Europa http://ponteeuropa.blogspot.com/
- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/
- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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