Resposta a um artigo da Visão, de 19 de Fevereiro
No artigo «Ateus graças a Deus» (n.º 572) Pedro Norton (PN) zurze a “lei dos véus” de forma sectária e pouco esclarecedora.
Considerá-la «na linha do jacobinismo e do anticlericalismo mais primário», «a mais estúpida da V República» e «um privilégio das ideias verdadeiramente cabotinas», é não compreender as razões que levaram ao amplo consenso entre deputados e na sociedade francesa.
O véu é um símbolo da opressão da mulher cujo uso os fundamentalistas islâmicos impõem e com o qual afrontam e provocam o carácter laico da escola francesa.
O que está em causa é o combate contra o fascismo islâmico que não abdica de um regime teocrático e que não tolera a modernidade. Hoje impõe o véu, amanhã reivindica a excisão, depois a poligamia e, finalmente, a charia.
O perigo para as democracias, ao contrário do que pensa PN, reside no clericalismo e no proselitismo que desenvolve nas mesquitas, igrejas e sinagogas, com uma agressividade que urge conter.
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
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- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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