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31 de Janeiro de 1891

Nos finais do século XIX, as ideias republicanas começam a singrar no país. O país atravessa um período conturbado económica e culturalmente.

O ultimato inglês acentua o descontentamento nacional e sentimentos patrióticos e, com eles, nasce o desejo de mudança de sistema político. A crise governamental da altura instigou os militares da guarnição do Porto que, com a ajuda das Forças Armadas, proclamaram, pela primeira vez, a República. Só que, sem o apoio das forças políticas nem da maior parte dos militares, os revoltosos capitularam face às forças leais à Monarquia.

A Revolta do Porto foi um epílogo do que haveria de acontecer em 1910.

Num tempo em que o país atravessa, de novo, uma crise política e económica e em que, desde o 25 de Abril, não se viam ataques tão gravosos à Democracia e ao Estado de Direito, há que recordar a axiologia que estive na base de todas as revoluções por que passámos. O desejo de independência, a liberdade, a igualdade, a sociabilidade ou fraternidade, são valores que nos devem ser caros a todos e de que não nos devemos esquecer ou largar por um qualquer comodismo que, infelizmente, nos caracteriza.

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